As organizações, na sua busca por expansão, criação de novos produtos, ou simplesmente ampliação de suas instalações, necessitam aporte de recursos. Esses recursos podem ser originados basicamente de três formas: retenções de lucros, obtenções de empréstimos e financiamentos junto a terceiros, e emissão de ações ou novas integralizações de Capital. Esse novo aporte de recursos gera pagamentos de juros, em relação aos empréstimos, ou pagamentos de dividendos em relação às novas ações emitidas. Esses custos, para finalidades gerenciais, devem de alguma forma ser medidos. O modelo WACC (Weighted Average Cost of Capital) ou, em bom português, CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital) busca medir e avaliar o custo de capital ou taxa de atratividade implícita da empresa.
Do ponto de vista contábil e patrimonial, a sociedade é vista como um amplo conjunto de bens, direitos e obrigações. Os bens e direitos são representados pelo Ativo. As obrigações, por sua vez, estão representadas no Passivo Exigível e no Patrimônio Líquido. Essa estrutura patrimonial da empresa nada mais é do que sua estrutura de capital, onde o Ativo representa os fundos aplicados na empresa, e o Passivo representa as origens/fontes de recursos. Esses capitais são originados tanto de terceiros quanto de capitais próprios. É na análise da estrutura do Passivo que está a ponderação para o cálculo do CMPC: precisamos saber os pesos ou valores percentuais de que a estrutura do Passivo é constituída.
Com esses pesos em mãos, então, fazemos as devidas ponderações com a finalidade de calcularmos o custo de capital da empresa. Por exemplo, se o custo do capital próprio for 12% e o custo de capital de terceiros for 18%, e seus pesos na estrutura de capital forem de 70% e 30%, respectivamente, o Custo Médio Ponderado de Capital assim ficaria: CMPC= 12*0,70+18*0,30=13,8%. Ou seja, a TMA (taxa mínima de atratividade) da empresa seria de 13,8%. Conclusão? Qualquer investimento com retorno acima desse percentual deve ser preferido em relação a investir nessa empresa, e qualquer investimento com retorno inferior à taxa calculada deve ser preterido, e o capital investido na empresa.
Esse é um simples exemplo de como medir o CMPC. Naturalmente, existem outros modelos, e formas de cálculo do custo do capital de terceiros (Kt) e do custo do capital próprio (Kc) que não foram aqui discutidos. Para o leitor que quiser se aprofundar no assunto, sugiro a pesquisa de livros sobre Administração Financeira (Corporate Finance) dos autores Ross e Gitman.