Quem costuma passar por aqui vez que outra, deve ter notado que parei de escrever por um tempo. É que tirei uns meses pra hibernar. Isso mesmo! Hibernar… Andava alucinado dando aulas e não tinha simplesmente tempo livre pra mim. Precisava descansar e repensar algumas metas e projetos pessoais. Até me inscrevi e fiz provas de concurso público, estudei bastante, treinei corridas diárias de 5 km e pedaladas de meia hora, li livros e revistas de saúde, culinária e auto-ajuda, fiz dieta e dormi bem nesse tempo. Enfim, retomei atividades que eu havia deixado de lado, abrindo mão de dar aulas por algum tempo. Esse período sabático durou algo em torno de 6 meses. Apenas meu trabalho profissional como Contador foi rotina; afinal as contas do fim do mês alguém tem que pagar: nenhum período de reclusão resiste a esse quesito. Mas já estou de volta, bem a fim de dar aulas e com as baterias a toda carga, mas não deixando de fazer coisas legais que fazem parte da vida, senão a gente surta.

Percebi nesse retorno que está supercomplicado rodar pelas ruas aqui de Porto Alegre: o trânsito está simplesmente caótico! Pelo que lembro, não era assim há alguns meses. Isso que eu ando de moto. Os carros tem andado tão apertadinhos que em algumas ruas nem mais o corredor eu tenho pra me livrar do engarrafamento. Aliás, confesso aqui, que ainda dou aulas em domicílio só porque vou de moto. Senão, largava. Busum, simplesmente não dá: ônibus sempre lotados, sem lugar pra sentar, andando a 20 por hora. De carro, um pouco mais confortável, mas quase na mesma velocidade dos ônibus. Se não fosse a moto… Contudo é perigoso e quase mortal: já levei um tombo e desloquei o ombro e já me levantaram uma Titan lá pela Protásio, que eu nunca recuperei. A propósito, a dor é surreal ao colocar o ombro de volta na junta.

E essas obras da Copa que nunca terminam? A Zona Sul, pra sair dela, é um parto (na época em que parto era demorado, hoje os médicos só querem fazer cezariana). Ainda não entendo porque precisam fazer diversas obras na Cidade e não terminar nenhuma. Poxa… podiam planejar uma… terminavam… e partiam pra outra… e assim sucessivamente. Não!!! Eles têm que parar a Cidade toda: é obra na Protásio, na Bento, na Padre Cacique, na Anita, na Cristovam, na Farrapos… os caras só podem ser masoquistas, pois eles mesmos vão ter uma hora que encarar o trânsito caótico dessas ruas, a não ser que passem voando por ali.

Poxa, eu to começando a achar que isso é uma questão cultural mesmo, porque não é só aqui. É geral no Brasil. O Itaquerão, por exemplo, não vai ficar 100% pronto pra abertura da Copa… Gente, que coisa de louco, e aquele monte de entulho do lado do Beira Rio… Um joga para o outro tirar: Prefeitura, Inter e Andrade Gutierrez… decidiram finalmente que vão colocar britas em cima: que baita solução! E os portadores de necessidades especiais… como ficam? Bah, na real, tinham que chamar japonês pra cá… ficamos tirando sarro dos caras porque tomam vareio da gente no futebol, mas tomamos um vareio deles em planejamento, decisão, organização e ação. Por exemplo, as cidades japonesas devastadas pela tsunami de 2011 já foram reconstruídas, caros leitores. E nós… quantos anos tivemos para planejar a “copa das copas”? A questão é cultural mesmo, só miscigenando com os japoneses, e quem sabe em 40 ou 50 mudamos essa cultura do “jeitinho”.

Mas eu tinha falado que fiz um concurso público, né? Pois é, fiz um concurso bem específico pra minha área: Auditor do Estado. Eu andava parado de fazer concursos há uns 13 anos, e decidi retomar os estudos a sério. Até que fui bem e me superei. Ok… nem consegui passar, mas fui bem, dentro de minha expectativa. Concurso é assim, tu tens que olhar pelo prisma positivo sempre! Hoje em dia, estudar sério para concursos públicos é uma profissão: – Ahhh…o que tu faz da vida? Eu??? Eu estudo pra concursos. A coisa anda assim… Muita concorrência, muito conteúdo… e pouco tempo. O ideal mesmo é estudar sempre com boa antecedência em relação à publicação de qualquer edital, montar um cronograma de estudo e segui-lo à risca. Quem obtiver essa disciplina, mais cedo, mais tarde, acaba emplacando. Basta estudar e ter uma meta bem definida. Digo isso, pois não dá pra “queimar cartucho em maragato”. Vale mesmo é definir uma área pra estudar, e seguir nela até o fim, seja jurídica, fiscal, administrativa, específica… whatever… Deu por hoje… fui!