Pretendo escrever aqui sobre alguns fatos contábeis que, via de regra, modificam a riqueza patrimonial ou a situação líquida de uma empresa: receitas, custos , despesas, encargos, perdas, provisões, dentre outras. Percebo que nas aulas particulares de Contabilidade que ministro, muitas são as dúvidas em relação a tais conceitos. Vou aqui discorrer sobre os conceitos desses tão importantes itens, inclusos nas demonstrações contábeis.

Receitas: são valores que afetam positivamente o Patrimônio Líquido, contribuindo, assim, para o aumento da riqueza líquida da empresa. São representadas por contas de natureza credora. São subdivididas em dois grandes grupos: Receitas Operacionais, que são as que derivam do exercício das atividades normais da empresa, por exemplo, vendas de bens e prestação de serviços. As Receitas Não-Operacionais, por sua vez, sob à luz da legislação do Imposto de Renda, referem-se aos ganhos oriundos de atividades alheias ao fim da empresa, como a venda de bens do Ativo Imobilizado.

Custos: são gastos relacionados com um bem ou um serviço empregado na produção de outro bem ou serviço. Está ligado diretamente ao produto que se fabrica, ou ao serviço que se presta. Uma folha de compensado, ou mão-de-obra direta, na fabricação de uma mesa, por exemplo. Assim sendo, é todo o dispêndio que está direta ou indiretamente vinculado ao esforço de produção de bens ou serviços.

Gasto: é uma expressão mais ampla que envolve todo e qualquer sacrifício que uma entidade precisa suportar para obter um produto ou serviço. Em outras palavras, significa entrega ou promessa de entrega de ativo em troca de bens ou serviços. Gastos abrangem os custos, as despesas e os investimentos.

Investimento: é um gasto contabilizado como ativo em função de sua vida útil ou pelo fato de que os benfícios que advirão do emprego de tais elementos patrimoniais somente se farão sentir em períodos futuros.

Despesas: são gastos, não compreendidos nos custos, cuja incorrência é motivada pelo esforço de auferir novas receitas. Por exemplo, salários da administração, fretes sobre vendas, comissões de vendedores, dentre outras.

Encargo: é a recuperação do capital financeiro empregado em bens e direitos de natureza permanente que vão sendo gradualmente consumidos. Os encargos são divididos em: Depreciação, Amortização e Exaustão.

Depreciação: são encargos que correspondem à redução do valor dos bens físicos, de natureza permanente, em função do desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência.

Amortização: é a redução do valor do capital aplicado na aquisição de direitos que não tenham existência física. A redução de valor desses ativos intangíveis é calculada em função do prazo contratual limitado ou do tempo necessário à recuperação do capital empregado.

Exaustão: refere-se à redução de valor de direito cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

Perda: é um bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária. No processo contábil, as perdas serão classificadas como custo ou despesa conforme a natureza do elemento patrimonial envolvido.